quarta-feira, 6 de março de 2013

PARA PENSAR NOS CUSTOS DA MANUTENÇÃO E DA RECUPERAÇÃO





VOCÊ CONHECE A REGRA DOS 5? (REGRA DE SITTER)

Muito empregada para associar custos as etapas de intervenção, particularmente manutenção e reparação, essa regra foi difundida inicialmente em 1983 em um Boletim Técnico do CEB (Comite Euro Internacional du Beton). Carmen Andrade, Antonio Nepomuceno, Paulo Helene, dentre outros aplicaram muito bem essa regra ao estudo da corrosão das armaduras. Essa aplicação, todavia pode ser genérica a degradação dos edifícios e seus elementos e subsistemas.

Basicamente a vida útil é dividida em quatro etapas cronológicas:
Fase A – etapa de projeto e construção
Fase B – etapa inicial de uso que já pode dar indícios da degradação
Face C – etapa de uso já com sintomatologia clara de queda de desempenho crítica ensejando reparos para garantir a vida útil
Fase D – etapa em que é forçosa uma intensa reparação para restaurar o desempenho

A vida útil de projeto é considerada to e a vida útil total  (to + t1).



A regra se baseia numa progressão geométrica de razão 5.  Se gastaria um valor de R$ 1,00 (pode ser em qualquer moeda pois, o que vale, é a comparação) na  Fase A para efetuar um projeto e construir adequadamente o edifício pensando em atingir a vida útil prevista, obviamente com as manutenções programadas sendo executadas.
Caso não se pensasse em projetar e construir para a vida útil, e fôssemos intervir já na Fase B, o custo para se atingir a vida útil já seria de R$ 5,00.
Da mesma forma, se não pensarmos e construirmos penando na vida útil a atingir, se formos intervir somente na Fase C, o custo passa para R$ 25,00.
No mesmo raciocínio, caso a intervenção ocorra somente na fase D, o custo para garantir a vida útil salta para R$ 125,00.

A reflexão é óbvia, e se talvez, se não o é, é ao menos econômica. É no mínimo uma questão de inteligência. A bola da vez nitidamente é projetar, construir e manter para a durabilidade.

Em que fase estamos atuando em nossos edifícios ? Infelizmente vemos na maioria das vezes a intervenção na fase D (se houvesse uma fase E, talvez  fosse essa).




Até breve,
Prof. Elton Bauer (laboratório.unb@gmail.com)

Leia mais:
SITTER, W.R. Costs for service life optimization the “Law of Fives”. Comite Euro International du Beton – CEB. Boletim Técnico. Copenhagen, Denmark, n.152, p.131-134, 1983.

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